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  • O Projeto

A construção de ambientes mais acolhedores têm sido prioridade em muitas companhias, mas como superar a histórica cultura corporativa baseada no disfarce das emoções?

Equipe humanizada

Durante décadas, prevaleceu nos escritórios a máxima “deixe seus problemas pessoais fora da empresa”. Apesar de ir contra a natureza humana, o esforço para cumprir tal regra era visto como sinal de profissionalismo, competência e autocontrole. Mas os tempos mudaram.

Se, de um lado, a evolução tecnológica e a “frieza” das máquinas passou a fazer parte do dia a dia empresarial, de outro, a valorização da empatia e a atenção à influência emocional no ambiente corporativo tornaram-se parte do trabalho rotineiro das equipes de Recursos Humanos.

Parte desta mudança se deve às demandas de uma geração que encara o espaço de trabalho de forma muito diferente de como era visto pelas gerações anteriores.

Cada geração possui uma expectativa diferente quanto à vida pessoal e profissional. Até os anos 80 havia uma clara separação entre a vida pessoal e a profissional, onde qualquer expressão de sentimento era imediatamente entendido como vulnerabilidade. Emoções eram deixadas do lado de fora da portaria.

A próxima geração já se permitiu um pouco mais e aos poucos foi fazendo com que a vida pessoal e a profissional se misturassem em algumas situações. Ambientes mais descontraídos surgiram, lideranças mais flexíveis, integração da família com a empresa e outras ações fizeram com que o ambiente de trabalho se tornasse um pouco menos impessoal permitindo fluir alguns sentimentos, mas ainda com muito receio de como eles poderiam ser interpretados.

Já a geração atual possui outra expectativa: o trabalho é apenas uma parte do todo de sua vida. Salário, posição, estabilidade, nada supera a importância de se sentir a vontade, livre e real. Estas pessoas não querem viver duas personalidades, uma profissional e uma pessoal, mas sim, querem que a empresa a aceite como ela é e, mais do isto, a valorize e a reconheça exatamente por isto.

Chart Humanize

As relações frias, impessoais e estritamente profissionais já não cabem mais no mundo corporativo. As pessoas, especialmente os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, possuem outra expectativa quanto ao ambiente profissional, e não estar atento à isto é um risco para a empresa, pois poderá perder talentos, não ser atraente para novos talentos e, em casos onde o ambiente é tóxico, resultar em perda de produtividade e inclusive culminar em ações trabalhistas que, na sua maioria, são motivadas especialmente por questões de relacionamento e não necessariamente pelo não cumprimento de obrigações legais.

Ter um olhar humano sobre aqueles que fazem parte da organização não deve ser encarado como um diferencial, mas sim como uma necessidade.

Assim surgiu o Projeto Humanize. Aqui serão discutidos todos os assuntos que tangem as relações humanas no trabalho: Reconhecimento, Feedback, Diversidade, Igualdade, Respeito entre outros.

Nesta primeira fase trabalhamos o tema da morte e luto no ambiente profissional, mas em breve iremos trazer muitos outros temas para ajudar sua empresa a desenvolver ambientes mais humanizados.